quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"O homem nasce bom e a sociedade o corrompe" - Rousseau

"É preciso estudar a sociedade pelos homens, e os homens pela sociedade: os que quiserem tratar separadamente da política e da moral nunca entenderão nada de nenhuma das duas" (Jean-Jacques Rousseau - Emílio ou da Educação)


Indubitável seja muito conhecida à assertiva, mas seria uma idéia equivocada?
A partir das concepções de Rousseau, de que o homem é naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela deturpação do mesmo, em sua obra, O CONTRATO SOCIAL - é possível a constituição de um Estado Ideal, através do consenso entre os indivíduos da sociedade, e em conseqüência desse acordo, haveria a possibilidade de garantir plenamente os direitos de todos os cidadãos, afastando da corrupção, próximo da vontade e da decisão geral. Para alguns o Contrato Social é uma obra notória, para outros possui uma feição visionária. Particularmente, eu gosto da obra embora aperceber um pouco utópica. Quem sabe se estudada minuciosamente, encontra-se mais encômios do que críticas acerca desta. Cabem aqueles que lerem o livro, concordar e discutir acerca do tema. Para auxiliar e instigar aos que possuem o interesse no contratualismo de Rousseau, abaixo segue uma pequena síntese do Contrato Social.

O filósofo político, Rousseau conseguiu manifestar suas idéias sobre a busca do perfeito Estado, onde todos os cidadãos que o compõem tenham o seu bem comum alcançado. Para essa realização concreta do eu comum e da vontade geral, necessita de um contrato social, ou seja, uma livre associação de pessoas com maior intelecto, que por meio de decisões resolvem criar um certo tipo de sociedade, à qual passam a prestar obediência. Para o autor, o contrato social seria o princípio legítimo para uma comunidade que cobiça viver segundo os propósitos da liberdade humana. O homem que renuncia à sua própria liberdade é o mesmo que renunciar à qualidade de homem aos direitos da humanidade, aos nossos próprios deveres.

De forma a evitar as possíveis desigualdades e as injustiças entre os cidadãos, todos os indivíduos devem de alienar individualmente, como todos os seus direitos, em benefício da comunidade. Se não houver plena alienação, o cidadão ficará exposto ao domínio de outros.

Concedido à autoridade da vontade geral, o cidadão pertencerá a um corpo moral coletivo, adquirindo liberdade e obedecendo a uma lei que se impõe a ele mesmo, assim o cidadão encontra a plenitude numa real experiência social de igualdade e fraternidade, junto a cidadãos que aceitam o mesmo ideal. Desde o momento em que o povo está reunido num corpo, não se pode ofender um dos membros sem trazer danos ao corpo e ainda menos ofender o corpo sem que os membros o ressintam. O interesse e o dever de ambas as partes os obrigam mutuamente a se ajudarem, e os próprios homens devem ter cuidado em ter todas as vantagens que dessa relação dependem.

No pacto social, como os homens não podem criar novas forças, mas só unir e dirigir as que já existem. Para conservar a forças os cidadãos se agregam e somam as suas forças que vença toda a resistência, colocando elas de forma harmônica. O homem perde pelo concreto social é a liberdade natural e um direito sem limites a tudo que tenha e pode atingir, ele ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui. No lugar de destruir a igualdade natural, o pacto fundamental substitui, ao contrário por uma igualdade moral e legítima toda a desigualdade física, que entre os homens lançaram a natureza, indivíduos que podendo ser desiguais na força, ou na habilidade e na destreza, tornam-se iguais por convenção e por direito. Ordinariamente, há uma grande diferença entre a vontade de todos e a vontade geral, sendo esta o interesse comum, aquela que somente vê o interesse particular, e não a soma de vontades particulares; entretanto, quando se tira dessas vontades os mais ou menos, que de forma recíproca se destroem, existem por junção as diferenças a vontade geral. O pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é este mesmo poder que, encaminhado pela vontade geral, tem o nome de soberania. A autoridade soberana é simples, e não pode dividi-la sem destruí-la.

O soberano pode confiar o governo a todo o povo, ou à maior parte dele, de modo que haja mais cidadãos magistrados que cidadãos simples particulares. Se o soberano deixar de ser a expressão da vontade geral, o povo poderá derrubar o governante. A soberania é indivisível pela mesma razão de ser inalienável.

Chamam-se em particular cidadãos, como participantes da autoridade soberanos, e vassalos, como submetidos às leis do Estado. Vassalo e soberano são correlações idênticas, cuja idéia de reúne sob a única palavra cidadão.
Todos os serviços que um cidadão pode prestar ao Estado, ele deve apenas fazer se o soberano o pedir, mas o soberano não pode encarregar dos seus vassalos de alguma pena inútil à comunidade, até não o pode querer, pois tanto sob a lei da razão como sob a da natureza, nada se faz sem causa.

Rousseau distingue as diversas formas de governos, pelo número dos membros que as compõem. Na democracia o soberano pode confiar o governo a todo o povo, ou à maior parte dele, de modo que haja mais cidadãos magistrados que cidadãos simples particulares. Na aristocracia pode se restringir o governo nas mãos de um governo pequeno, de modo que haja mais simples cidadãos que magistrados. E na monarquia, ou governo real o poder pode se concentrar nas mãos de um único magistrado. Toda a forma de governo não é própria de um país. Essa relação depende da fertilidade do clima, do tipo de trabalho que essa terra exige, da natureza de suas produções, da força de seus habitantes, do maior ou menor consumo de que precisam, e de outras muitas relações semelhantes de que está composto.

Das primeiras sociedades, o autor mostra que a família é a mais antiga das sociedades, e também é a única natural. Os filhos se sujeitam ao pai até quando necessitam dele para a sua própria conservação, e quando acaba essa proteção, os filhos de desprendem o laço natural. O cabeça é a imagem do pai, os filhos é o povo; havendo todos nascidos iguais e livres.


“Enfim, para o autor há somente uma lei que de sua natureza requer proveniência de pleno acordo, isso se faz pelo contrato social, pois a sociedade civil é o ato mais voluntário do mundo: todo homem nasceu livre e senhor de si mesmo, e ninguém, seja qual o motivo, o pode sujeitar sem ele dar o consentimento. A adversidade de alguns ao pacto social não invalidaria o contrato, só faz este que não o concordou a se excluir, são estrangeiros entre os cidadãos. Conforme suas idéias procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e longe da perversão e a soberania deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos cidadãos. A sociedade tem que tomar cuidado ao transformar os seus direitos naturais em direitos civis. O governo deve ser justo e com a cidadania resguardar certas condições que assegure o bem comum”.
______________________________________________________________________________ Referências Bibliográficas :

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Inteligência Emocional – Lidar bem com as emoções, melhora as relações.

"A IE (Inteligência Emocional) é uma competência que dá destaque a quem sabe combina-la com o conhecimento técnico."

Se há alguns anos demonstrar as emoções era uma atitude pouco apreciada, atualmente elas tornaram-se uma referência .A IE caracteriza-se como a habilidade que as pessoas têm de lidar com suas próprias emoções e com as dos outros.

Incontestável seja que, ter um diferencial neste grande cenário de competitividade no mercado de trabalho, se tornou essencial. O fato é que em meio da era moderna, avanços tecnológicos, as emoções fossem tão super valorizadas nas áreas corporativas. Elas se tornaram uma referência, e os indivíduos passaram a ser analisados nesse quesito desde o processo seletivo.

Na década de 80 através de estudos da Universidade de Harvard, surgiu a base científica sobre o tema - Evidenciando que existiam vários tipos de inteligência e não apenas aquela tradicionalmente conhecida como intelectual, medida pelos testes de QI (Quociente de Inteligência). Hodierno, inúmeros estudos sobre gestão de empresas têm destacado a grande importância da inteligência emocional no ambiente de trabalho.

Além do intelectual, pesquisas nesta área demonstram que nossa emoções, adequadamente controladas, são competentes de gerar maior compromisso, boa produtividade e lealdade com o trabalho. Desenvolver o quoeficiente emocional de seu pessoal, além do intelectual, é cada vez mais importante para o sucesso e sobrevivência das organizações.
''87% das demissões ocorrem devido a problemas relacionados a falta de competências emocionais e apenas 13% por questões de aprendizado técnico.''

Segundo Daniel Goleman e seu estudo, publicada no livro, Inteligência Emocional - As emoções não são apenas manifestações de humor ou desejos, nossa mente emocional nos fornece constantemente informações importantes que precisam ser adequadamente interpretadas e avaliadas para resultarem em comportamento apropriado e levar a bons resultados. É importante também ser capaz de perceber e sintonizar com as emoções alheias e ter consciência de como elas nos afetam e de como nós afetamos as outras pessoas (empatia). Isto é particularmente importante para a função de liderança. O fato de durante séculos nós termos visto as emoções como algo que só atrapalha a razão, não é culpa de nossa mente emocional, mas sim da nossa incapacidade em utilizar suas potencialidades.

O instrumento para trabalhar os aspectos emocionais da inteligência tem sido designado como Treinamento Emocional ou Educação Emocional.
O QUE É EDUCAÇÃO EMOCIONAL?
A Educação Emocional é a aplicação sistematizada de um conjunto de técnicas psico-pedagógicas que visam desenvolver as 5 aptidões emocionais básicas:
a) Capacidade de reconhecer os próprios sentimentos:
Se não for capaz de avaliar a qualidade e intensidade dos próprios sentimentos o indivíduo não poderá definir até que pontos estes sentimentos o estão influenciando e às pessoas que o cercam;

b) Capacidade de empatia:
Empatia é a capacidade de sentir como o outro, de perceber as emoções do outro como se estivéssemos no lugar dele. Ter esta capacidade é fundamental para estabelecermos relacionamentos bem sucedidos, seja na família ou no trabalho;

c) Capacidade de controlar as próprias emoções:
Ter controle sobre as próprias emoções significa ser capaz de expressar adequadamente o que se está sentindo, evitando expressões emocionais ofensivas e improdutivas, além de ser capaz de adiar a expressão das mesmas até um momento propício. Isto é diferente de conter e simplesmente reprimir, suprimir ou engolir as emoções;

d) Capacidade de remediar danos emocionais (reparação):
Desenvolver a capacidade de reconhecer os próprios erros em relação aos outros e de reparar os danos que isto possa ter causado, ou seja, saber desculpar-se efetivamente;

e) Capacidade de integração emocional e interatividade:
É a habilidade de estar consciente do próprio estado emocional, ao mesmo tempo em que se está em sintonia com o estado emocional daqueles que o cercam, e ser capaz de interagir eficazmente com eles.

"Quanto mais indivíduos emocionalmente inteligentes uma empresa tiver, maior será a sinergia entre ela e suas equipes"
_________________________________________________________________________________
COMO AGE UMA PESSOA EMOCIONALMENTE INTELIGENTE:
- Sente maior confiança e transmite credibilidade;
- Demonstra empatia pelos outros e, por isso, geralmente é mais cooperativa;
- Mantém seu autocontrole, lidando adequadamente com seus sentimentos e com os das outras pessoas;
- Está sempre aberta e atenta ao aprendizado e ao crescimento contínuo;
- É flexível;
- Assume posições firmes sem ser agressiva;
- É persistente, não desiste de seus objetivos e consegue lidar com as adversidades;
- Sente-se mais alinhada com sua missão de vida, seus valores e tem clareza de seus objetivos.
_______________________________________________________________________
De acordo com a psicóloga Denize Dutra, consultora sênior do Instituto MVC - "A competência técnica continua sendo importante, mas só ela não garante o sucesso do profissional e nem o da organização".

Em síntese, se mais do que nunca as companhias estão a procura de profissionais talentosos e que saibam aliar talento, conhecimento técnico com suas emoções, as mulheres estão em posição de vantagem nessa disputa. Afinal, algumas destas características sempre foram consideradas tipicamente femininas. Exemplos da força dessa personalidade são a sensibilidade, a intuição, a criatividade e o saber administrar conflitos como ninguém, habilidades que cada vez mais estão fazendo a diferença no mundo dos negócios.

Fonte: GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional; e Texto Rosani Andreani (Vida Executiva Digital).

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

"Citius, altius, fortius"

... "Mais rápido, mais alto, mais forte"

Inicia-se os Jogos Olímpicos com uma extraordinária cerimônia de abertura. É o momento da união dos povos e raças, todos com o mesmo ideal – Torcer, vibrar e acompanhar!

Com certeza, para os profissionais de propaganda e publicidade, poderá ser proveitoso observar o conjunto ostentoso de características que esta Olimpíada de 2008 os proporcionará. Tais como - as aplicações, desenvolvimento, mascotes, vinhetas, pictogramas entre outros.

Registre-se ainda que ao longo das Olimpíadas, através dos símbolos olímpicos, notam-se a qualidade e a modernização tendenciosa na composição destes. A guisa de exemplos, não se pode olvidar o principal símbolo oficial das Olímpiadas - Os Anéis Olímpicos. Este emblema foi criado em 1913, pelo barão Pierre de Coubertin, o idealizador dos Jogos Olímpicos Modernos. "Citius, altius, fortius" - Mais rápido, mais alto, mais forte, é o lema olímpico que compõe juntamente com os anéis na bandeira, planejado por um monge francês.


Símbolo oficial das Olímpiadas. Cada cor representa um continente: Azul-Europa, Amarelo-Ásia, Preto-África, Verde-Oceania e Vermelho-América .


Dentre muitos outros emblemas, acompanhe alguns:

  • Beijing, China - 2008

  • Sidney, Austrália - 2000

  • Atlanta, Estados Unidos - 1996

  • Seul, Coréia do Sul - 1988

  • Moscow, Rússia -1980

  • Montreal, Canadá - 1976

  • Helsinki, Finlândia - 1952
  • Atenas, Grécia - 1896
  • O poster oficial dos primeiros Jogos Olímpicos


"Agora basta, que todos os brasileiros estejam com esperanças de muitas medalhas ao Brasil nas Olimpíadas. A torcida é uma forma essencial de darmos força, e apoio aos atletas brasileiro que estarão longe de casa". - Alessandra Satie Masuda.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Uma Verdade Incoveniente co-relacionado à Responsabilidade Empresarial

Antes de tudo, cumpre-se observar que o filme Uma Verdade Inconveniente é um documentário ministrado por Al Gore, cujo objetivo é evidenciar as causas e as conseqüências que se tem levado a degradação ambiental em todo o planeta. Principalmente a questão que tange na concentração de CO² (dióxido de carbono) em relação ao aquecimento global. É oportuno frisar, que umas das principais causas do aquecimento global têm sido por causa da poluição que se concentra na camada atmosférica, fazendo com que os raios solares emitidos a Terra no momento de seu retorno, (em forma de radiação infravermelha) fiquem impedidos de convergir, devido à camada atmosférica que tem se tornado cada vez mais grossa, em conseqüência da poluição sobre os altos níveis de CO².

Análises científicas e dados coletados trouxeram-nos informações que as temperaturas estão cada vez mais quentes, ocasionando as mais diversas catástrofes naturais, tais como - o derretimento de geleiras, tempestades, tornados e enchentes. E dentre os mais prejudicados, quando se sucede esses imprevistos em razão desse fenômeno climático, são os países pobres, que necessitam de mais demandada de subsídios e recursos naturais.

Por outro enfoque, notam-se quais limites devem ser exigidos da população, para uma melhor conscientização e ações que contribuam para a preservação e o equilíbrio do meio ambiente, evitando-se as exacerbadas poluições oriundas de várias fontes. De igual forma, incluem-se os grandes industriais e empresários que partem de suas grandes invenções e produções em grandes escalas, que se não observarem tais qualidades e regras, como - reduzir o consumo de energia, realizar o tratamento de esgoto, reutilizar possíveis materiais entre outros, ou seja, possuir uma responsabilidade social e ambiental - poderá contribuir para a degradação ambiental. Um exemplo disso é a empresa que produz fumaças e resíduos e discrimina essa situação. Tendo em vista um exemplo positivo, são os supermercados e industriais que adotam as sacolas de plástico biodegradável na embalagem de alimentos.

Em virtude dessas considerações, mostra-se que os problemas vêm se emergindo devido as grandes transformações que o planeta têm se deparado, causando inúmeras mudanças em todo o meio-ambiente. Sendo assim, novas medidas devem ser requeridas com urgência, conciliando o cuidado com o ecossistema a novas posturas políticas sócio-ambientais, essencialmente respeitando os princípios constitucionais, que se refere ao desenvolvimento da atividade econômica.

Tenha-se presente os incisos III e VI, do artigo 170 da Constituição Federal – Primam-se nesses incisos que a ordem econômica além de ter o dever de cumprir sua função social, possui por parte do Estado, a obrigação de proteger o meio-ambiente, evadindo-se dos impactos lesivos que as atividades econômicas podem gerar num todo.

O fruto do Estado que cumprir o seu papel incentivando-se ações contra a degradação do meio ambiente, e penalizar aquele que o defraudar, seria decerto uma garantia contra a iminência de um risco doravante.